20 de setembro de 2012

ESPANTO


ESPANTO

Me espanta a indiferença,
A palavras que falam da essência
Parecendo não merecedoras
De preciosa atenção.
Me espanta o descaso,
Com a dor e luta do outro
Que se posta na vida só
Enfrentando o desamparo.
 Me espanta o egocentrismo
Que enevoa a visão
Afastando a compreensão
Da alma em questão.
Me espanta o silêncio
Na conversa trivial
Como se inexistente
A realidade presente.
Me espanta a frieza
Permeando o pensamento
Rígido e unilateral
Desconectado de sentimento.
Me espanta a perplexidade
De quem no outro vê espelho
Mostrando -se incapaz
De outra imagem ver.
Me espanta o espanto
De quem ao outro espantou
Quando sem sua máscara
Ao outro se revelou.

Eleonora

3 de setembro