28 de novembro de 2014

Divagando

Quando o imponderável atua,
atingindo as linhas do tempo
outros portais surgem
apontando para o efêmero
descartando o duradouro
para o nunca ou nada ser
para a vida teia tecer
divagando no infinito.
Eleonora Fonseca, 28 de novembro de 2011


27 de novembro de 2014

Nova colaboradora

Nosso blog está com uma nova colaboradora, JÚLIA VEECK, em página exclusiva.
Não deixem de conferir sua apresentação e suas postagens.
Ela nos presenteia com poemas, dicas, entrevistas, desenhos e muito mais.
Vamos prestigiá-la.
Seja bem vinda Júlia.




23 de novembro de 2014

UNIVERSO PESSOAL


Pintando palavras
escrevendo cores
vai compondo a sinfonia
Tocando a argila
modelando as notas
representa sua história.
Palco, tela,
tempo, espaço,
forma, som,
cor e tom,
universo pessoal.

Eleonora Fonseca, 23 de novembro de 2014

PALCO NATURAL



Fundo negro 
salpicado de luzes
configuram os sons
de um dedilhado
carinhosamente acompanhado
de uma voz melodiosa.
Passam rápidos
feixes luminosos
focando em rota roupagem
que apresenta no platô
uma doce história de amor.
A trilha sonora
emoldura as expressões
O pisca pisca das estrelas
ilumina os sentimentos...

É a vida sendo mais uma vez representada
no seu palco natural.

Eleonora Fonseca, 23 de novembro de 2014



22 de novembro de 2014

Ao mar

Ao mar

Ao mar assim tão distante
Deito meus olhos saudosos
E à brisa sempre constante
Desvelo os sonhos dolosos.

À  areia branca e fina
Entrego a vida sofrida
Ao sol se pondo velado

Ressurge meu ser  feminina.

Eleonora Fonseca, 22 de novembro de 2014


MEMÓRIAS

Quando trago à memória
Doces tempos já passados
Sorrio com a oratória
Dos versos confessados.
Momentos tão prazerosos
De encantos tão fogozos
Quando jovens todos somos
Altivos e orgulhosos.
Há horas também tristonhas
Que ferem com garras medonhas
A alma que se acanha
Perdida em tanta vergonha.
Na busca do equilíbrio
Idade vem e dá brio
Balança dois lados iguais
Impondo  o eixo sombrio.
E assim o hoje se torna
Os passos dados outrora
Com erros e com acertos
Levando sempre ao começo.


Eleonora Fonseca, 22 de novembro de 2014


14 de novembro de 2014

Thích Nhất Hạnh

No Death, No Fear

Quando inspiro, ar, amor, sou
em união  inflo, retenho,  paro estática.
Quando expiro, solto, desprendo-me
mergulho no universo, entrego-me.
Inspirando, expirando, caminhando,
inspirando, expirando, sonhando,
inspirando, expirando vejo-me,
inspirando, expirando, encontro-me,
inspirando,  expirando
inspirando, expirando
inspirando, expirando
inspirando
expirando
vivendo
passando.

Eleonora Fonseca, hoje, com o pensamento em ThayThích Nhất Hạnh







“This body is not me; I am not caught in this body, I am life without boundaries, I have never been born and I have never died. Over there the wide ocean and the sky with many galaxies All manifests from the basis of consciousness. Since beginningless time I have always been free. Birth and death are only a door through which we go in and out. Birth and death are only a game of hide-and-seek. So smile to me and take my hand and wave good-bye. Tomorrow we shall meet again or even before. We shall always be meeting again at the true source, Always meeting again on the myriad paths of life.” 
― Thích Nhất Hạnh, No Death, No Fear

http://plumvillage.org/press-releases/thich-nhat-hanh-in-hospital/

13 de novembro de 2014

O SILÊNCIO




A CAMINHAR SOBRE PALAVRAS
ENCONTRO O SENTIDO OCULTO
DE UM TEMPO QUE SE ESGOTOU
NAS ÁGUAS DO RIO MAR
ESCURO, NEGRO, PROFUNDO

SE FOI E NÃO RETORNOU
DEIXANDO O ESPAÇO VAZIO
QUE AGORA SE VÊ PREENCHIDO
DE FORMAS TÃO SEM BELEZA
QUE CAUSAM MUITA ESTRANHEZA

OS SONS  AGUDOS, ESTRIDENTES
AFETAM O AMBIENTE, 
A DESARMONIA SE FAZ PRESENTE 
DE FORMA TÃO PERMANENTE 

ONDE ANTES SEMPRE REINAVA

O SILÊNCIO DA CÓSMICA MELODIA.

ELEONORA FONSECA, 13 DE NOVEMBRO DE 2014









12 de novembro de 2014

TELA EM BRANCO



O que sei eu de amores, ou de cores, dolores,
se já não faço a vida dar seus passos
como pingos de chuva a escorrer
em varandas sombreadas por bambus.

Se não corro com vigor a um encontro
com palavras de surpresa e encantos
a espera de um prazer tão só instante
que me fale com um ardor pulsante.

Se agora paro quieta sobre montes
contemplando nuvens soltas, esvoaçantes
para ao sol poder morrer em um só ponto
feito tintas derramadas entre vincos
de uma tela que teima em permanecer em branco.

Eleonora Fonseca, 12 de novembro de 2014