18 de fevereiro de 2014

CAMINHO




De onde vem o caminho,
perdido em sombras sutis
- chega como um carinho?
- ou como uma cicatriz?

De onde vem o caminho,
roubado pela floresta
será que prepara um ninho
para pássaros em festa?

De onde vem o caminho,
recortado pelo mato?
Segue longe, tão sozinho
margeando o regato.

De onde vem o caminho,
interroga o caminhante,
se encontra ainda distante..
Para onde vai o caminho?

Eleonora Fonseca, 18/02/2014

17 de fevereiro de 2014

E SE OS SONHOS FOSSEM CORES?





E se os sonhos fossem azuis?
Caberiam no meu céu,
Brilhariam como estrelas
Fazendo um grande escarcéu?

E se os sonhos fossem verdes?
Escondidos pela mata,
Revelariam os segredos
Em imagem abstrata?

E se os sonhos fossem cinza?
Em pelagem dura e áspera
Exporiam a mensagem
De um alguém muito ranzinza?

E se os sonhos fossem  negros
Impedindo a visão
Do encontro da verdade
Presa na escuridão?

E se por fim luz fossem os sonhos,
Refletidos no infinito
Em cascatas de venturas
Reveladas como um  rito.

Sentimentos  feito cores
cenários de emoções
despertando o novo dia
para viver as visões.

Eleonora Fonseca, 17 de Fevereiro de 2014

15 de fevereiro de 2014

Ah! Se eu pudesse...



Ah! Se eu pudesse...

Acender uma fogueira
na noite fria
Vendo as chamas a dançar
Minha alma se aqueceria
Podendo te amar.

Ah! Se eu pudesse...

Na varanda frente sul
Uma rede estenderia
Para olhar o céu azul
e lá adormeceria.


Ah! Se eu pudesse...


Um jardim cultivaria
Com fontes e cochos
Os pássaros atrairia


Ah! Se eu pudesse...


Meu quintal mata seria
Para ouvir o pio triste
Da coruja, sabedoria.


Ah! Se eu pudesse...


Ah! Se eu pudesse...


Eleonora Fonseca, 15/02/2014