26 de março de 2014

ESPANTO



Me espanta a indiferença
A palavras que falam da essência
Parecendo não merecedoras
De preciosa atenção.
Me espanta o descaso
Com a dor e luta do outro
Que se posta na vida só
Enfrentando o desamparo.
Me espanta o egocentrismo
Que enevoa a visão
Afastando a compreensão
Da alma em questão.
Me espanta o silêncio
Na conversa trivial
Como se inexistente
A realidade presente.
Me espanta a frieza
Permeando o pensamento
Rígido, unilateral
Desconectado de sentimento.
Me espanta a perplexidade
De quem no outro vê espelho
Mostrando-se incapaz
De outra imagem ver.
Me espanta o espanto
De quem alguém espantou
Quando sem a sua máscara
Ao outro se revelou.
Eleonora

4 de setembro de 2012

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