Me
espanta a indiferença
A palavras
que falam da essência
Parecendo
não merecedoras
De
preciosa atenção.
Me
espanta o descaso
Com
a dor e luta do outro
Que
se posta na vida só
Enfrentando
o desamparo.
Me
espanta o egocentrismo
Que
enevoa a visão
Afastando
a compreensão
Da
alma em questão.
Me
espanta o silêncio
Na
conversa trivial
Como
se inexistente
A realidade
presente.
Me
espanta a frieza
Permeando
o pensamento
Rígido,
unilateral
Desconectado
de sentimento.
Me
espanta a perplexidade
De
quem no outro vê espelho
Mostrando-se
incapaz
De
outra imagem ver.
Me
espanta o espanto
De
quem alguém espantou
Quando
sem a sua máscara
Ao
outro se revelou.
Eleonora
4
de setembro de 2012
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