28 de novembro de 2014
27 de novembro de 2014
23 de novembro de 2014
PALCO NATURAL
Fundo negro
salpicado de luzes
configuram os sons
de um dedilhado
carinhosamente acompanhado
de uma voz melodiosa.
Passam rápidos
feixes luminosos
focando em rota roupagem
que apresenta no platô
uma doce história de amor.
A trilha sonora
emoldura as expressões
O pisca pisca das estrelas
ilumina os sentimentos...
É a vida sendo mais uma vez representada
no seu palco natural.
Eleonora Fonseca, 23 de novembro de 2014
22 de novembro de 2014
MEMÓRIAS
Quando trago à memória
Doces tempos já passados
Sorrio com a oratória
Dos versos confessados.
Momentos tão prazerosos
De encantos tão fogozos
Quando jovens todos somos
Altivos e orgulhosos.
Há horas também tristonhas
Que ferem com garras medonhas
A alma que se acanha
Perdida em tanta vergonha.
Na busca do equilíbrio
Idade vem e dá brio
Balança dois lados iguais
Impondo o eixo
sombrio.
E assim o hoje se torna
Os passos dados outrora
Com erros e com acertos
Levando sempre ao começo.
Eleonora Fonseca, 22 de novembro de 2014
14 de novembro de 2014
Thích Nhất Hạnh
No Death, No Fear
Quando inspiro, ar, amor, sou
Quando inspiro, ar, amor, sou
em união inflo, retenho, paro estática.
Quando expiro, solto, desprendo-me
mergulho no universo, entrego-me.
Inspirando, expirando, caminhando,
inspirando, expirando, sonhando,
inspirando, expirando vejo-me,
inspirando, expirando, encontro-me,
inspirando, expirando
inspirando, expirando
inspirando, expirando
inspirando
expirando
vivendo
passando.
Eleonora Fonseca, hoje, com o pensamento em Thay, Thích Nhất Hạnh
“This body is not me; I am not caught in this body, I am life without boundaries, I have never been born and I have never died. Over there the wide ocean and the sky with many galaxies All manifests from the basis of consciousness. Since beginningless time I have always been free. Birth and death are only a door through which we go in and out. Birth and death are only a game of hide-and-seek. So smile to me and take my hand and wave good-bye. Tomorrow we shall meet again or even before. We shall always be meeting again at the true source, Always meeting again on the myriad paths of life.”
― Thích Nhất Hạnh, No Death, No Fear
13 de novembro de 2014
O SILÊNCIO
A CAMINHAR SOBRE PALAVRAS
ENCONTRO O SENTIDO OCULTO
DE UM TEMPO QUE SE ESGOTOU
NAS ÁGUAS DO RIO MAR
ESCURO, NEGRO, PROFUNDO
SE FOI E NÃO RETORNOU
DEIXANDO O ESPAÇO VAZIO
QUE AGORA SE VÊ PREENCHIDO
DE FORMAS TÃO SEM BELEZA
QUE CAUSAM MUITA ESTRANHEZA
OS SONS AGUDOS, ESTRIDENTES
AFETAM O AMBIENTE,
A DESARMONIA SE FAZ PRESENTE
DE FORMA TÃO PERMANENTE
ONDE ANTES SEMPRE REINAVA
O SILÊNCIO DA CÓSMICA MELODIA.
ELEONORA FONSECA, 13 DE NOVEMBRO DE 2014
12 de novembro de 2014
TELA EM BRANCO
O que sei eu de amores, ou de cores, dolores,
se já não faço a vida dar seus passos
como pingos de chuva a escorrer
em varandas sombreadas por bambus.
Se não corro com vigor a um encontro
com palavras de surpresa e encantos
a espera de um prazer tão só instante
que me fale com um ardor pulsante.
Se agora paro quieta sobre montes
contemplando nuvens soltas, esvoaçantes
para ao sol poder morrer em um só ponto
feito tintas derramadas entre vincos
de uma tela que teima em permanecer em branco.
Eleonora Fonseca, 12 de novembro de 2014
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